ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS UNHAS

Você sabia que as unhas são o que distingue os seres humanos dos demais mamíferos? Mas o que são as unhas? Ou qual a função das unhas? Frequentemente esquecidas ou ignoradas pelos profissionais da indústria cosmética, as unhas são anexos de grande importância para todos nós. Portanto, entenda mais sobre a anatomia e fisiologia das unhas. Posso garantir que você nunca mais vai olhar para suas unhas do mesmo jeito!

As unhas são uma importante parte do corpo humano. Sua formação inicia-se na nona semana do desenvolvimento embrionário, o que significa que, ao nascer, já possuímos essa placa protetora. Ela continua crescendo até o fim da vida.

As unhas são lâminas epidérmicas, constituídas por células escamosas queratinizadas, flexíveis, brilhantes e resistentes, que se dispõem nas porções terminais dos dedos, mais precisamente nas falanges distais das mãos e pés. Elas servem como proteção das extremidades dos dedos das mãos e dos pés, assim como para auxiliar na manipulação dos objetos.

Logo, graças a elas temos capacidade de exercer pressão com os dedos e executar movimentos finos e precisos, como tocar levemente a tela do smartphone, por exemplo. Ademais, outra função das unhas é estética.

Contudo, a nossa vida sem unhas seria um tanto mais dolorida.

Você consegue contar quantas vezes bate os dedos e as unhas ao digitar um e-mail, por exemplo? Todos os cliques com o mouse. Quantas vezes por dia você bate acidentalmente o dorso das mãos na parede?

Nós nem sequer nos damos conta do quanto nossas unhas estão expostas a stress mecânico dia após dia, mas muitos estímulos não passariam tão desapercebidos assim se fossemos desprovidos de unhas.

Sem nenhuma surpresa, a unha é altamente rica em queratina, especialmente a alfa-queratina. Uma queratina mais dura que a da pele, mas que se aproxima da queratina encontrada nos cabelos, pois possui alto teor de ligações dissulfeto (cistina). É essa característica de possuir alto teor de enxofre que confere a esse tipo de queratina a alta resistência e propriedade de barreira semipermeável.

Vamos conhecer agora a complexa estrutura desse anexo da epiderme que é a unha humana, ou o aparelho ungueal.

 

ANATOMIA DAS UNHAS

 

Morfologicamente, a unha é uma placa de queratina dura, ligeiramente convexa, que está fixada em tecidos moles dos dedos das mãos e dos pés, tecnicamente conhecida como lâmina ungueal. Ela se origina a partir da matriz da unha, localizada na parte proximal do aparato ungueal, isto é, a unha.

A anatomia da unha é composta por partes básicas. São elas:

 

 

1 – Unha (Lâmina ou Prato Ungueal): Esse é a parte visível da unha, na qual se estende da matriz até a porção livre, sendo composta por três camadas: uma camada interna macia (a unha ventral), uma camada intermediária de queratina dura e a camada mais externa (unha dorsal). As camadas, que estão localizadas sobre o leito ungueal, são achatadas e não tem coloração. Por essa razão, é possível perceber certa coloração rosada resultante da presença de capilares no leito ungueal. A porção livre apresenta coloração esbranquiçada, o que resulta do contato com o ar.

 

2 – Unha livre (porção Livre): A unha livre é a parte da lâmina que “flutua” fora do dedo. Abaixo da unha livre, na região após o hiponíquio (Calma! Leia logo abaixo o que é isso), está uma região que é um excelente reservatório de sujidades e microrganismos! Por isso sua mãe sempre dizia: “lave a parte de baixo das unhas! ”

 

3 – Leito Ungueal: O leito da unha é um epitélio fino e com poucas camadas celulares. Ele se queratiniza sem nenhuma camada de células granulares (ao contrário da epiderme!). É a base do dedo sobre a qual a unha cresce e se apoia. Ele pode ser visto através da unha. É uma região altamente irrigada por vasos sanguíneos.

 

4 – Matriz Ungueal: É a região a partir da qual cresce a lâmina da unha que, não por acaso, cresce da região proximal (raiz da unha) para a região distal. Ou seja, unha cresce afastando-se da matriz, deslizando pelo leito da unha e se separa o dedo na região distal (ponta dos dedos).

 

5 – Sulcos Periungueais: São as regiões limites da unha, em que ela ainda tem algum contato com a epiderme. Elas são nomeadas anatomicamente, de acordo com a localização em relação à lâmina da unha. Por isso temos dois sulcos ungueais laterais (nas laterais da unha), o sulco ungueal proximal (na região da raiz da unha) e o sulco ungueal distal (na ponta dos dedos).

 

6 – Lúnula: A lúnula é a região branca em formato de meia-lua na base da unha, a parte proximal. É mais visível nos polegares e dedões dos pés, mas está presente em todas as unhas.

 

7 – Eponíquio: É a famosa cutícula. Caracterizada como uma camada transparente de células e localizada na superfície da unha, atua como vedação entre a placa da unha e o sulco ungueal proximal. (Atenção!) A remoção da cutícula possibilita a entrada de água, corpos estranhos, fungos e bactérias. Isso pode favorecer a inflamação periungueal, tecnicamente denominada de paroníquia. Então, da próxima vez que for à manicure, não fale com ela para não retirar bifes das suas unhas, peça a ela para evitar a paroníquia.

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8 – Hiponíquio: É a região da epiderme onde a lâmina da unha se afasta do leito. É a última parte onde a lâmina tem contato com a epiderme.

 

9 – Banda onicodermal: A banda onicodermal (onychodermal band) é um halo levemente alaranjado presente na região distal da unha. Trata-se de uma região de fixação entre o leito ungueal e a lâmina da unha. Sob pressão, a banda onicodermal pode ficar branca ou avermelhada (pois aumenta a irrigação sanguínea local). No entanto, assim como a cutícula, a banda onicodermal pode afetar seriamente a função da unha, pois o descolamento da lâmina da unha a partir do leito (onicólise) pode ser a porta de entrada de agentes infecciosos.

 

 

A superfície da lâmina da unha é lisa e tem nervuras longitudinais discretas, mas que se tornam mais evidentes com a idade.

Isso mesmo! Suas unhas denunciam sua idade!

Algumas doenças também podem aumentar essas ranhuras e também deixar as unhas frágeis e quebradiças. Na falta de alguns nutrientes, por exemplo, percebe-se que as unhas se tornam opacas, sem brilho e quebradiças. No hipertireoidismo, ocorre o enfraquecimento dessa estrutura, assim como em casos de leucemia.

Como vimos, algumas vezes, as unhas podem apresentar doenças, como é o caso das onicomicoses. Nessa condição, fungos atacam as unhas, podendo causar manchas, descolamento e queda. Outra doença comum é a psoríase ungueal, uma patologia de causas desconhecidas que causa depressões, engrossamento e descolamento da unha.

 

FISIOLOGIA DAS UNHAS

 

A unha cresce aproximadamente 3 mm por mês nas mãos e apenas 1 a 2 mm nos pés por mês, sendo normal a renovação completa ao redor de 160 dias. Há também maior renovação no verão do que no inverno.

Estima-se que, a unha cresce normalmente a uma taxa média de 0,1 mm por dia. Sendo assim, quando perdemos a unha da mão, esta demora em torno de quatro a cinco meses para regenerar-se, enquanto as dos pés podem demorar até oito meses.

A velocidade de crescimento pode variar de pessoa para pessoa e também ser inibida em razão de alguma doença ou até mesmo desnutrição.

Algumas condições como idade, sexo, doenças que afetem a circulação sanguínea, fatores nutricionais, hormonais, cosméticos, ocupacionais, sazonais, ambientais e mesmo psicológicos, entre outros, podem afetar a velocidade de crescimento das unhas.

Nos homens as unhas são mais fortes e mais espessas (média 0,384 mm) do que na mulher (espessura média 0,346 mm), diminuindo ainda mais durante a gestação.

Acredita-se que cerca de 80% da lâmina da unha é produzida pela matriz com a produção de queratina dura. Os outros 20% da lâmina seriam produzidos pelo leito ungueal. Assim, a unha poderia ser formada simultaneamente no sentido da matriz para a ponta do dedo e do leito para a superfície externa da unha.

 

CURIOSIDADES

 

 

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