Os cosméticos coloridos têm o poder de embelezar a pele, unhas ou cabelos, bem como transgredir e revelar determinada personalidade. Entretanto, para conhecer o mundo colorido dos produtos cosméticos com toda a força da cor é fundamental entender sobre pigmentos e corantes, suas diferenças e como são classificados. Confira!
Um mundo sem cor seria sem graça e monótono, não é mesmo?! As cores exercem influência sobre as emoções e são um atrativo para o consumidor, sendo muito utilizadas pelas indústrias alimentícia, farmacêutica, têxtil e cosmética.
E os elementos e substâncias que tornam tudo colorido são divididos em corantes e pigmentos.
As cores sóbrias, suaves, intensas ou vibrantes seduzem o homem desde a Antiguidade e ajudam as tendências de cada época com toda a força da cor.
O homem utiliza os corantes há mais de 20 mil anos, para dar cor a tecidos, cerâmicas e couros. Os pigmentos também eram usados para fazer desenhos em cavernas, túmulos e para produzir murais.
Na Antiguidade, os gregos pintavam suas cerâmicas de vermelho, preto e azul. Os egípcios extraíam das folhas de henna o corante usado para colorir as palmas das mãos, as plantas dos pés, as unhas e os cabelos. Os tons vermelhos eram os mais utilizados pela aristocracia, pois essa cor simbolizava a dignidade e a nobreza.
Acredita-se que o tingimento de tecidos surgiu na Índia: indikos é o nome grego para hindu, o que deu origem ao nome índigo. Da Índia, o tingimento passou para a Pérsia, a Fenícia e o Egito, onde foram encontrados tecidos tingidos em tumbas do século 15 a.C.
Os antigos já sabiam que a mistura de corantes azuis, vermelhos e amarelos produzia novas cores. E as cores mais utilizadas e que tiveram grande importância deste as civilizações antigas foram a cor púrpura, o índigo e a alizarina.
Na Índia, no Egito, na Grécia, Roma, Inglaterra e Peru o índigo natural que possui coloração azul, conhecido também como anil, era obtido a partir do suco da planta Isatis tinctoria.
O corante púrpura era produzido na Fenícia, hoje região do Líbano, a partir do esmagamento dos moluscos marinhos do gênero Murex brandaris.
A tinta extraída dos moluscos tinge em várias tonalidades, do violeta ao vermelho-lilás, mas não é uma cor firme, ou seja, desbota à medida que o tecido é lavado. Apesar desse fato, o corante tinha grande valor social, pois eram necessários doze mil caramujos para se obter 1,5 g de corante. Logo, por ser muito caro a sua produção, a cor púrpura de tiro ou púrpura real denotava status social, sendo a cor utilizada pela nobreza e pelas autoridades religiosas.
Já a alizarina é um pigmento vermelho que era obtido a partir da raiz da garança, também conhecida como “ruiva dos tintureiros” (em árabe alizari). As rubináceas Rubia tinctorum e Rubia cordifolia, vindas da Grécia e da Turquia, passaram a ser cultivadas do século 9 d.C até o século 18 na França para o tingimento de tecidos em tons de vermelho, rosa e púrpura.
Embora a arte de tingir tenha começado como um ofício caseiro, com o passar dos séculos, o tingimento foi uma atividade comercial que formou profissionais. As receitas eram secretas, e baseadas no empirismo e na experiência adquirida por quem dominava o ofício. Uma associação de tintureiros operava durante os tempos medievais, dando cor aos tecidos importados, como lãs do norte da Europa e sedas da Itália e França.
Depois da chegada de Cristóvão Colombo à América, e da descoberta do Brasil, quantidades cada vez maiores de pau-brasil, que fornecia o corante vermelho que dava cor as roupas da nobreza europeia, eram exportadas pelos portugueses visando o suprimento dos fabricantes europeus de tecidos.
O índigo, cultivado com trabalho escravo, foi um importante produto de exportação em partes do sul dos Estados Unidos no século 18. À medida que o algodão se tornou uma mercadoria importante na Inglaterra, também cresceu muito a demanda de tintureiros.
No final do século 18 começaram a surgir corantes sintéticos que mudaram as práticas seculares dos artesãos. O primeiro foi o ácido pícrico, usado em munições durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918).
A substância foi sintetizada pela primeira vez em 1771 e usada como corante para lã e seda a partir de 1788. Embora produzisse um amarelo intenso, tinha as desvantagens de ser uma substância potencialmente explosiva, a fixação não era boa e era de difícil obtenção.
A indústria de corantes mudou radicalmente em meados do século 19, na Europa, quando a Revolução Industrial começou a alterar a face da sociedade agrária. A indústria têxtil cresceu rapidamente, aumentando a demanda por produtos químicos para branquear, beneficiar e tingir os tecidos. Logo, os corantes naturais passaram a não suprir a demanda, e a busca por corantes artificiais começou.
Em 1856, William Henry Perkin, descobriu acidentalmente o primeiro corante orgânico sintético da história. Foi um erro proveitoso que demonstrou as enormes possibilidades da química, uma ciência que em meados do século 19 acabava de nascere quase não tinha aplicações.
Aluno do curso de química da Royal College de Londres, Perkin tentava sintetizar o quinino a partir do derivado do alcatrão de hulha (carvão mineral), para ajudar no tratamento da malária.
Na época, cada vez mais soldados britânicos contraíam malária, devido as colônias em áreas tropicais e o único remédio médico que existia na época era o quinino, uma substância natural cara de se obter, pois era extraída da casca da árvore cinchona, que só crescia nas florestas tropicais dos Andes (América do Sul).
Dessa forma, era urgente encontrar uma forma mais acessível de obter a quinina, que era sintetizá-la artificialmente em laboratório. E focados na tarefa estavam o jovem estudante William Henry Perkin e seu professor, o célebre químico alemão August Wilhelm von Hofmann.
Após várias experiências sem sucesso, Perkin quis experimentar uma nova ideia no pequeno laboratório de sua casa em Londres: oxidar outro composto conhecido, a anilina, para obter quinina.
Ele não teve sucesso e o experimento deixou para trás um sólido de cor preta, precipitado no béquer. Ao tentar limpar o resultado de seu erro com álcool, Perkin notou que o material continha uma substância com um tom arroxeado, que era absorvida pelo tecido, sendo resistente a luz e a lavagem.
Com apenas 18 anos, sem querer, acabava de obter o primeiro corante sintético do mundo, que hoje conhecemos por vários nomes: púrpura de anilina, malvaína, anilina púrpura ou malva de Perkin.
Perkin realizou novos experimentos para aperfeiçoar seu método e patenteou a descoberta, em agosto de 1856. Ele percebeu que poderia substituir os caros corantes naturais de plantas e moluscos que eram usados desde os tempos romanos, então montou uma fábrica para produzir o corante e continuou realizando pesquisas, sintetizando diferentes corantes.
Graças à descoberta de Perkin, a cor que até então poucas pessoas conseguiam ostentar acabou não sendo mais exclusiva. Alguns anos depois de sua descoberta, vestimentas cor de malva estavam sendo vistas em todos os lugares, especialmente em Londres e Paris.
A rainha Vitória aumentou sua popularidade quando apareceu na Exposição Real de 1862 com um longo vestido malva tingido com malva de Perkin, que começou a ser chamado de malveína, termo que combina as palavras malva e anilina.
O desenvolvimento da malveína levou à competição entre Inglaterra, França e Alemanha para a produção de cores, dando um grande impulso à indústria química.
Em 1863, o comerciante de corantes Friedrich Bayer e o mestre tintureiro Johann Friedrich Weskott montaram uma pequena fábrica para produzir corantes para tingimento de tecidos, na cidade de Wuppertal, na Alemanha.
Em 1868, a alizarina sintética já estava disponível no mercado em boa quantidade e qualidade. O índigo sintético tornou-se disponível em 1880. Além disso, surgiram outros corantes sintéticos que davam tons vivos e límpidos, que não desbotavam e produziam resultados uniformes.
No final do século 19 os tintureiros tinham cerca de duas mil cores sintéticas à disposição; substituindo o empreendimento milenar de extração de corantes de fontes naturais; com fábricas de corantes sintéticos na Alemanha, Inglaterra, França e Suíça, suprindo as necessidades das indústrias de tecidos, couro e papel de vários países.
As descobertas de Perkin foram muito além de transformar o mundo da moda e revolucionar a indústria de corantes, mas também alavancou o uso desses materiais em diversas aplicações, como na indústria de alimentos, cosméticos e na medicina.
Seus trabalhos com corantes sintéticos foram essenciais para colorir células e ajudar outros cientistas a fazerem progressos na área da medicina, como por exemplo descobrir o bacilo responsável pela tuberculose, bem como foi crucial para pesquisa em quimioterapia, ajudando a salvar milhares de pessoas.
Mas qual seria a diferença entre corante e pigmento?
PIGMENTOS E CORANTES – QUAL A DIFERENÇA?
Os corantes e pigmentos cosméticos são produtos que tem por objetivo conferir cor ao meio em que forem adicionados, porém não são necessariamente a mesma coisa.
A principal diferença entre estes compostos está relacionada a capacidade de solubilidade.
Basicamente, o corante é uma molécula pequena, solúvel quando aplicada em uma tinta somente promove o tingimento, sem proporcionar cobertura, mantendo assim, a transparência do produto mesmo após a tintura.
Já os pigmentos são compostos comparativamente grandes, insolúveis e promovem cobertura, opacidade, tingimento e cor. Logo o pigmento dá cor e tira a transparência.
Outro diferencial entre os dois é o poder tintorial, a resistência à luz e às intempéries. O corante possui um poder tintorial muito superior ao do pigmento, sendo necessária uma quantidade muito maior de pigmento para se obter a cor proporcionada por um corante. Já quanto à resistência à luz, os pigmentos superam os corantes.
TIPOS DE PIGMENTOS E CORANTES
Os corantes e pigmentos podem ser tanto de origem natural quanto sintética.
Em linhas gerais, os corantes e pigmentos naturais são aqueles obtidos a partir de vegetais (folhas, flores e frutos), animais (insetos) e microrganismos (fungos e bactérias).
Os corantes e pigmentos naturais são atóxicos, ou seja, não fazem mal a ser humano, porém são instáveis ao pH, são mais sensíveis a luz, ao calor, ao oxigênio e a ação de bactérias, mas agentes redutores e oxidantes vêm contribuindo muito para melhorar suas estabilidades.
Já corantes e pigmentos sintéticos são aqueles obtidos por processo de síntese, em laboratório, com composição química definida podendo ser semelhante as dos corantes naturais.
Os corantes e pigmentos sintéticos são mais estáveis, têm durabilidade maior, propiciam cores mais intensas, podem ser utilizados em quantidades menores e são mais baratos que os naturais.
Os pigmentos também podem ser divididos em orgânicos, inorgânicos e de efeito.
Os pigmentos orgânicos são substâncias que apresentam em sua estrutura química grupamentos chamados cromóforos, responsáveis por lhes conferir cor e podem ser obtidos através de derivados do petróleo ou origem animal por um processo de síntese.
Além de não serem poluentes, eles permitem a obtenção de todas as nuances de cores e todos os níveis de resistência, possuindo mais brilho e transparência que os pigmentos inorgânicos.
Os pigmentos inorgânicos também chamados de pigmentos minerais, são extraídos das terras da natureza e se dividem em sintéticos e naturais.
Os inorgânicos naturais são geralmente óxidos e possuem menor cobertura, maior dificuldade de dispersão e menor poder tintorial.
Já os inorgânicos sintéticos, por serem produzidos em um processo industrial controlado, têm algumas propriedades melhoradas, proporcionando maior cobertura, uniformidade na cor, poder tintorial superior e melhor dispersão, o que resulta em estabilidade na aplicação
Os pigmentos inorgânicos coloridos são geralmente óxidos e sais metálicos como cobalto, alumínio, óxidos de ferro, bem como sulfetos, carbonatos, o cromatos, sulfatos, fosfatos, micas e silicatos de metais.
Dentre eles, os óxidos de ferro são os pigmentos inorgânicos coloridos mais utilizados devido a ampla variedade de tons e a ótima resistência a luz. Já o dióxido de titânio é o pigmento inorgânico branco mais usado em vários setores da indústria.
Há também alguns materiais que são usados em sua forma elementar, como o ouro e o alumínio, conferindo pigmentos metálicos. Eles apresentam baixa toxidade, boa resistência a ação de produtos químicos, à variação de temperatura e climática.
De modo geral, os pigmentos inorgânicos têm maior opacidade e poder de cobertura e de tingimento do que os pigmentos orgânicos.
E por último temos os pigmentos de efeito. Eles são pigmentos que conferem uma aparência diferenciada ao produto em que são utilizados.
São constituídos pelo revestimento do pó de mica ou flocos de vidro que possuem brilho de alta intensidade e por pigmentos metálicos.
Abaixo temos alguns pigmentos de efeito disponíveis na indústria:
1 – Pigmentos perolados: O pigmento perolado branco é composto de mica revestida de dióxido de titânio. E o pigmento perolado colorido é composto pelo revestimento de mica, dióxido de titânio e por óxidos metálicos.
2 – Pigmentos de interferência: São pigmentos que apresentam cores distintas conforme o ângulo de observação. A combinação de pigmentos de interferência com pigmentos convencionais e com o efeito do substrato pode fornecer cores com efeitos iridescentes, ou seja, que reflete as cores do arco-íris.
3 – Pigmentos fotocrômicos: Pigmentos fotocrômicos mudam de cor de forma reversível quando expostos aos raios ultravioletas da luz. A cor se revela quando os pigmentos são expostos à luz (do sol e ultravioleta) e volta a sua coloração inicial quando a fonte de luz é removida.
4 – Pigmentos fluorescente: A principal propriedade do pigmento fluorescente é brilhar no escuro, refletindo a luz recebida, por um período de tempo. Eles são compostos por partículas de aluminato de estrôncio e de sulfeto de alumínio.
O grupo de pigmentos e corantes ainda abrange os branqueadores ópticos. Eles não possuem cor visível ou sua cor é fraca. Quando aplicados em um material, os branqueadores absorvem luz ultravioleta e emitem a maior parte desta energia absorvida como radiação fluorescente azulada, alterando a percepção da cor dos produtos.
Mas como os pigmentos e corantes são utilizados nas formulações cosméticas?
PIGMENTOS E CORANTES EM FORMULAÇÕES COSMÉTICAS
Normalmente pigmentos e corantes são fornecidos em forma de pó, cabendo à indústria fazer o processo de moagem, dispersão ou dissolução até o ponto desejado para a aplicação no material ou substrato. Eles também podem ser adquiridos pré-dispersos, prontos para o uso, na forma líquida ou em pasta, já beneficiados com aditivos, estabilizantes e outros componentes.
O desenvolvimento de produtos cosméticos demanda o uso de corantes e pigmentos.
Os corantes apesar de serem solúveis ao meio ao qual serão aplicados, possuem menor resistência a luz e são mais propensos a decomposição e ao desbotamento. Por isso que muitas formulações aquosas que possuem corantes podem perder a cor com o passar do tempo e, para evitar ou minimizar essa perda da coloração são adicionados um filtro solar ou protetores de cor junto ou a formulação.
Mas, por ser fácil de dissolver, os corantes são muito utilizados em formulações de coloração capilares e outros produtos cosméticos, como shampoos, sabonetes e cremes, além de também serem empregados em produtos transparentes e coloridos, como perfumes e brilhos labiais.
Já os pigmentos possibilitam a criação de bases mais fluidas e com grande capacidade de cobertura da pele, pois é possível adicionar maior carga de pigmentos sem comprometer a viscosidade do sistema, além de proporcionar maior desenvolvimento da cor.
Por serem mais opacos, mais resistentes a luz, aquecimento e agentes químicos, bem como não serem solúveis no meio ao qual serão aplicados, os pigmentos são considerados mais adequados do que os corantes para formulações de batons, sombras, máscaras para cílios, delineadores, esmaltes e outros cosméticos de cobertura, podendo proporcionar proteção e efeitos decorativos como os pigmentos metálicos e os pigmentos de efeito perolizado.
Porém, para uma boa estabilidade dos pigmentos convencionais é necessário um sistema adequado de homogeneização, uma vez que as partículas têm certa dureza e tendem a se aglomerar com o tempo, que podem trazer alguns inconvenientes para a formulação como sensorial pobre, baixa dispersibilidade e baixa estabilidade química.
Mas graças aos avanços tecnológicos ocorridos nas duas últimas décadas, foi desenvolvido a tecnologia de revestimento de partículas, que facilita a incorporação de pigmentos em formulações cosméticas, oferecendo também benefícios como hidratação, uniformidade na aplicações e longa duração.
O desenvolvimento tecnológico também estimulou a diversificação dos pigmentos de efeito, como por exemplo os difusores ópticos que são utilizados para minimizar sinais e linhas de expressão em itens de maquiagem, e a criação de pigmentos que mostram até três cores, conhecido como efeito furta cor.
Além disso, o progresso tecnológico também vem se concentrando na produção de corantes e pigmentos sustentáveis, com baixa toxidade e sem geração de efluentes contaminantes durante sua produção.
Mas como podemos identificar cada cor dos corantes e pigmentos para adicionar a nossa formulação?
CLASSIFICAÇÃO DAS CORES
Normalmente, cada substância corresponde a uma formula química. Porém, corantes, pigmentos e branqueadores ópticos são compostos complexos, e em muitos casos as substancias não são puras e são constituídas por mistura de vários compostos e outros não possuem estrutura química definida. Por esse motivo, a nomenclatura química usual raramente é usada, preferindo-se utilizar os nomes comerciais.
Assim, para ajudar na identificação, a cor é definida pelo seu número CI (Color Index Number) ou Índice Internacional de Corante (Color Index International), que é um sistema de classificação de cores estabelecido pela Society of Dyers and Colourists, da American Association of Textile Chemists and Colorists e da British Society of Dyers and Colorists, que contém uma lista organizada de nomes e números para designar os diversos tipos.
O Índice de cor contém 5 algarismos, devidamente escalonados pelo tipo de estrutura do corante ou pigmento. Os números entre 10000 a 74999 são destinados para as várias famílias de corantes orgânicos; os números entre 75000 e 76999 são destinados para corantes naturais; finalmente, os números entre 77000 e 77999 são destinados aos pigmentos inorgânicos.
Numeração de Corantes e Pigmentos segundo o C.I. |
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Estrutura |
Numeração |
Categoria |
Nitroso | 10000-10299 | |
Nitro | 10300-10999 | |
Monoazo | 11000-19999 | Corantes Azo |
Disazo | 20000-39999 | Corantes Azo |
Estilbeno (Diaril eteno) | 40000-40799 | |
Diarilmetano | 41000-41999 | Corantes de Diarilmetano |
Triarilmetano | 42000-44999 | Corantes de Triarilmetano |
Xanteno | 45000-45999 | |
Acridina | 46000-46999 | Corantes de Acridina |
Quinolina | 47000-47999 | Corantes de Quinolina |
Metino | 48000-48999 | |
Tiazol | 49000-49399 | Corantes Tiazol |
Indamina | 49400-49699 | |
Indofenol | 49700-49999 | Corantes de Indofenol |
Azina | 50000-50999 | Corantes de Azina |
Oxazina | 51000-51999 | Corantes de Oxazina |
Tiazina | 52000-52999 | Corantes de Tiazina |
Aminocetona | 56000-56999 | |
Antraquinona | 58000-72999 | Corantes de Antraquinona |
Indigóides | 73000-73999 | Corantes de Índigo e Quinacridonas |
Ftalocianina | 74000-74999 | Corantes de Ftalocianina |
Corantes naturais | 75000-76999 | |
Pigmentos Inorgânicos | 77000-77999 | Pigmentos Inorgânicos |
Os corantes e pigmentos também podem ser classificados de acordo com as classes químicas a que pertencem e com as aplicações a que se destinam. Dessa forma os números de Colour Index são atribuídos quando a estrutura química é definida e conhecida, onde os corantes e pigmentos podem ser classificados em 26 tipos, segundo os critérios das classes químicas, e em 20 tipos, além de algumas subdivisões, do ponto de vista das aplicações.
Na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), estão classificados nas posições 3204; 3205; 3206 e 3207.
LEGISLAÇÃO
Existem regulamentos para a utilização de pigmentos e corantes em cosméticos, e no Brasil é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA que estabelece quais corantes e pigmentos são permitidos para uso em cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes.
É indicado consultar a RDC 44, de 9 de agosto de 2012, publicada pela ANVISA, no início do processo de desenvolvimento do produto, afim de poupar tempo e selecionar os pigmentos e corantes permitidos e que atendam as tonalidades desejadas.
Neste regulamento é informado o tipo de aplicação permitida para essas substâncias, em uma classificação que varia de 1 a 4. Esta lista divide em:
1 – Corantes que podem ser utilizados em todos os tipos de produtos;
2 – Corantes que podem ser utilizados em todos os tipos de produtos, exceto aqueles aplicados na área dos olhos;
3 – Corantes que devem ser utilizados exclusivamente em produtos que não entram em contato com mucosas, nas condições normais ou previstas de uso;
4 – Corantes que devem ser utilizados exclusivamente em produtos que tenham breve tempo de contato com a pele e os cabelos.
Espero que essas informações te ajudem a diferenciar pigmentos e corantes, bem como a utilizar o ingrediente correto na sua formulação.
Veja também “CABELO CRESPO E CACHEADO”.
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Fonte:
Conselho Regional de Química 4ª Região. Disponível em: <https://www.crq4.org.br/quimicaviva_corantespigmentos>
Universidade Federal Fluminense. Disponível em: <https://prouc.uff.br/pigmentos-corantes/>
VELOSO, Luana de Andrade. Corantes e Pigmentos. Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR 29/2/2012. Edição atualizada em Junho/2021. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTcwOA>
Cosmetics and Toiletries. Ed. Temática. Setembro, 2016.
https://www.quimica.com.br/pigmentos-e-corantes/
Mauve: the History of the Colour that Revolutionized the World. OpenMind BBVA Group. https://www.bbvaopenmind.com/en/science/research/mauve-the-history-of-the-colour-that-revolutionized-the-world/
Science Museum. MAUVE MANIA. BY SOPHIE WARING ON 12 MARCH 2018. https://blog.sciencemuseum.org.uk/mauve-mania/
https://www.bayer.com.br/pt/historia
Química Nova na Escola, v. 37, n. 3, 2015. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_3/04-QS-42-13.pdf