O cabelo possui uma importância social surpreendente e pode influenciar na personalidade e na autoestima de uma pessoa, ser motivo de orgulho ou de desespero. Mas, vaidade a parte, além dos fatos básicos de estética e higiene, o cabelo também pode dizer de onde a gente vem, o que comemos, além de mostrar maus hábitos e prever doenças. Bem, há muito mais segredos em sua cabeça do que você imaginava né? Então, confira alguns fatos interessantes sobre os cabelos. Não Perca!
Os cabelos sempre foram objeto de estudo e muito valorizados pelo ser humano. Para se ter uma ideia, no ano de 1875 foi publicado o livro Papiros de Ebers, onde há narrativas da medicina egípcia em que estão descritas as patologias capilares. Ou seja, os cabelos já eram estudados desde, aproximadamente, 3000 a.C.
E desde a antiguidade, os calvos, como Júlio César, passavam horas arrumando os cabelos de trás para frente no intuito de disfarçar a calvície. O tratamento capilar para conter a queda dos cabelos é descrito há alguns milênios, com muitas porções milagrosas com misturas desde vegetais e minerais até excrementos de animais e unguentos.
Apesar de ser um pouco nojento o método de tratamento para calvície da antiguidade, nunca imaginaríamos a variedade de maneiras pelas quais os cabelos seriam desafiados ao longo da história em nome da beleza.
Ainda na Antiguidade, para conseguir que os cabelos ficassem temporariamente ondulados, as mulheres egípcias e romanas aplicavam neles uma mistura de argila e água. Em seguida, elas enrolavam mechas de cabelo em rolinhos de madeira e ficavam sob o sol, até que a pasta de argila secasse.
No calor escaldante do Egito, as mulheres normalmente usavam os cabelos presos no alto da cabeça e, em ocasiões especiais, perucas pretas, adornadas com grampos de marfim ou ornamentos de ouro.
Entre as gregas e romanas predominavam os cabelos loiros e frisados, coloridos com hena e, nas classes mais altas, os fios eram salpicados com ouro em pó ou modelados com artefatos de ferro. As romanas ainda tingiam os cabelos com sabão amarelo ou usavam perucas loiras, feitas com cabelo de escravos bárbaros.
Durante a renascença século XV – no período medieval, era muito comum arrancar os fios da frente da cabeça para passar a impressão de uma fronte maior, já que era a aparência apreciada na época.
Ainda no período medieval, no século XVI, seguindo o estilo da rainha Elizabeth I, a moda era ostentar rostos pálidos, com muito pó de arroz e perucas vermelhas. No século XVIII essas perucas foram se tornando cada vez mais elaboradas e para fazer com que o penteado tivesse grande volume, eram usadas gaiolas como molduras.
Para sustentar os extravagantes penteados da época, as misturas levavam até dejetos de andorinhas. As cabeças se transformavam em alegorias, com criações que remetiam a minijardins, mas por baixo das perucas, os cabelos geralmente eram mantidos curtos e sujos.
Após a Revolução Francesa, no século 19, o luxo saiu de moda. Os cortes se voltaram ao estilo greco-romano, tanto para os homens quanto para as mulheres. E o volume era muito valorizado.
Uma das mudanças mais importantes ocorreu no final do século, em 1875, com a invenção, por parte do cabeleireiro Marcel Grateau, de um método para manter as ondas no cabelo por mais tempo, usando ferro quente. Em 1890 foi inaugurada, em Chicago, Estados Unidos, a primeira escola de cabeleireiros.
Com a Primeira Guerra Mundial a sociedade muda e os cabelos também. Os comprimentos diminuem, e os penteados ficam menos enfeitados. Em 1920, Coco Channel corta os cabelos curtos e lança a moda do formato reto com franja.
Já na década de 40, os cabelos continuam curtos, mas mais ondulados, e ares de romantismo tomaram conta dos penteados, com cachos inspirados nas estrelas de Hollywood. Os homens adotaram um estilo mais solto e passam a usar mais o chapéu.
No entanto, com a Segunda Guerra Mundial, muitas mulheres tiveram de trabalhar fora e a palavra de ordem era praticidade, dessa forma bobes de plástico e cremes eram usados para manter os fios em ordem sem muito esforço.
Na França da Segunda Guerra, as mulheres que se relacionavam com soldados alemães eram consideradas traidoras e tinham seus cabelos raspados em público.
No Brasil da época, era pouca a variedade de xampus e de tinturas para os cabelos. O clareamento era feito com água oxigenada.
Ainda nos anos 1940, turbantes eram comuns entre as mulheres, assim como os coques e enchimentos. Uma moda que se lançou na rua foi o uso de redes no cabelo. As mulheres as usavam no trabalho e voltavam com elas para casa. Com a popularidade, a classe rica passou a usar também.
Com o fim da guerra e a ascensão da indústria de cosméticos, na década de 50, as mulheres passaram a dedicar mais tempo para cuidar da aparência. Cabeleireiros, então, se tornaram indispensáveis para imitar o glamour de nomes que eram referência de estilos, como Doris Day. E os produtos para modelar, tingir e fixar os cabelos ao estilo “capacete” se popularizaram.
Os homens aderem ao topete alto com cabelos curtos. Outro corte popular eram os cabelos à escovinha. O estilo cowboy também foi difundido.
Na década de 1960, o laquê garantia cabelos com muito volume e no alto da cabeça, além, do famoso coque banana. Para conseguir o estilo dominante da época, valia apelar para esponjas de aço e receitas que esculpiam e fixavam o penteado, como cerveja com açúcar.
Com o crescente ingresso de mulheres no mercado de trabalho, muitas passaram a adotar um estilo mais prático, com penteados simples e cabelos curtos, mas sempre contando com o spray. Outras, principalmente as mais jovens, aderiram ao rabo de cavalo.
Na década de 1970 ganhou força o conceito de naturalidade, com cabelos soltos e longos. Os hippies adotam um look conhecido: cabelos longos com flores ou fitas para enfeitar.
Nesse período ainda se destacaram os estilos Black Power e, no final da década, o visual punk, com cabelos em estilo moicano e cores fortes.
Nos anos 80, o prático e bem-comportado penteado da Lady Di fazia sucesso, ao mesmo tempo em que a liberdade para realizar maiores mudanças nos cabelos tinha como ícone a cantora Madonna, que mudava a cor e o estilo dos cabelos constantemente. A década ainda é lembrada pelos cabelos curtos, modelados com muito gel, glitter e efeito molhado.
Nos anos 1990, finalizadores a base de silicone e outros produtos para penteados garantem cabelos extremamente lisos, cacheados ou cuidadosamente desarrumados.
E hoje em dia não existe mais nenhum parâmetro para um estilo de cabelo como vimos, por exemplo, mas décadas de 1960 ou mesmo de 1980. Hoje qualquer corte ou modelo usado tanto para homens quanto para mulheres é socialmente aceito e pode ser mudado na próxima ida ao salão.
Mas, vaidade a parte, além dos fatos básicos de estética e higiene, o cabelo também pode dizer de onde a gente vem, o que comemos, além de mostrar maus hábitos e prever doenças.
Bem, há muito mais segredos em sua cabeça do que você imaginava né? Então, confira alguns fatos interessantes sobre os cabelos.
CURIOSIDADES SOBRE OS CABELOS
1 – O fio de cabelo cresce em média 0,3 a 0,5 milímetros por dia, 1,5 centímetros por mês e de 12 a 15 centímetros por ano.
2 –O ser humano possui em média 100 a 150 mil fios de cabelo.
3 –Os ruivos possuem em média 90.000 fios de cabelo, cabelos pretos 110.000 e loiros 140.000.
4 – A espessura do fio de cabelo varia, sendo mais comuns que fios mais escuros tenham espessura mais grossa e consequentemente os fios mais claros, espessura mais fina.
5 – Todo o cabelo que vemos está morto! Mas isso é normal: o cabelo só é vivo enquanto ainda está dentro da epiderme.
6 – Apesar de morto, o cabelo é dedo-duro: Um centímetro de cabelo contém informações sobre tudo o que passou pelo seu sangue, podendo revelar muito sobre seu comportamento no último mês, como o que você comeu, bebeu, e os ambientes que você frequentou, inclusive se usou drogas. É por isso ele é usado nos testes antidoping.
7 – Mas tem uma coisa que seu cabelo não conta: seu sexo. Não é possível saber se um fio pertence a um homem ou a uma mulher.
8 – O cabelo é feito principalmente de queratina, que também pode ser encontrado na camada externa de nossa pele e unhas. Essa mesma proteína compõe os chifres, cascos, penas e bicos dos animais.
9 –Em termos químicos, o cabelo é 50% feito de carbono, 21% de oxigênio, 17% de nitrogênio, 6% de hidrogênio e 1% de enxofre. Mas, podem existir muitas outras substâncias e até metais como cobre, prata e ouro. A composição dos elementos pode variar bastante de pessoa para pessoa e por isso a probabilidade de que alguém tenha mais do que 9 elementos na mesma proporção a de outra pessoa é muito pequena, tornando assim a composição química do seu cabelo praticamente uma impressão digital sua.
10 –Cabelos e pelos podem nascer em qualquer parte do corpo, exceto na palma das mãos, sola dos pés, pálpebras, lábios e mucosas.
11 – O peso total do fio de cabelo pode variar de 5 a 200 gramas, de acordo com seu comprimento.
12 –Um único fio de cabelo pode suportar em média até 100g de peso antes de romper e uma cabeça inteira de cabelos pode suportar até 12 toneladas, o que equivalente a dois elefantes.
13 – O cabelo feminino cresce mais devagar que o masculino.
14 –O cabelo masculino é mais denso do que o feminino.
15 – O cabelo crespo cresce mais lentamente e é mais frágil do que o cabelo liso.
16 – Em geral, 90% dos fios de cabelo estão em crescimento e 10% em repouso.
17 – Crianças perdem em média 90 fios de cabelo por dia, o que aumenta para 120 na velhice.
18 – O cabelo mais comum do mundo é o preto. Os cabelos loiros cobrem a cabeça de apenas 2% da população e o ruivo é o mais raro, apenas 1% das pessoas o possui.
19 – A Escócia é o país com a maior proporção de ruivos: por lá, cerca de 13% da população apresenta tons avermelhados e alaranjados nos cabelos.
20 –Um cabelo bem tratado suporta ser alongado até 50% de seu comprimento sem arrebentar.
21 –Cortar os cabelos não interfere com seu crescimento.
22 – O cabelo é o segundo tecido com a maior velocidade de crescimento no nosso corpo, perdendo apenas para a medula óssea.
23 –O cabelo cresce mais no clima quente do que no frio, porque o calor estimula a circulação sanguínea e o crescimento capilar.
24 – Se um homem nunca fizesse a barba, ela cresceria até mais de nove metros ao longo da vida.
25 – Pode-se perder mais de 50% dos cabelos antes que outras pessoas possam notar.
26 – Distúrbios de tireoide e deficiência de ferro no organismo são fatores reversíveis da queda de cabelo.
27 –A maioria das drogas e vários tipos de medicamentos causam queda de cabelo.
28 –Durante a gravidez as mulheres produzem uma grande quantidade do hormônio estrógeno que faz com que os folículos pilosos entrem na “fase de crescimento” e após o nascimento, o equilíbrio hormonal é restaurado e os folículos pilosos entram na “fase de perda”, fazendo com que um grande número de pelos caia ao mesmo tempo. Mas fique tranquila que é reversível!
29 – 40 % das mulheres na época que atingem a menopausa terá um padrão feminino hereditário de queda dos cabelos.
30 –A umidade estica os fios do cabelo.
31 –Em 1950, apenas cerca de 7% da população coloriam os cabelos. Hoje em dia, cerca de 75% da população colore os cabelos.
32 –O cabelo demora cerca de 7 anos para crescer até a sua cintura, e 3 anos para crescer até os seus ombros.
33 – O cabelo cinzento ou branco resulta da diminuição da produção de melanina pelos melanócitos e é a manifestação mais clássica do envelhecimento. Isso normalmente acontece entre os 28 e 42 anos de idade.
34 – No século 16, um médico afirmou que aplicar uma mistura de lesmas cozidas, azeite, mel, açafrão, sabão e cominho no couro cabeludo poderia fazer o cabelo crescer.
35 – A lavagem frequente não aumenta a queda de cabelos.
36 –Dietas radicais podem temporariamente causar perda de cabelo.
37 –A cada fio branco arrancado, um novo de mesma tonalidade nascerá em seu lugar até o momento em que nenhum voltará a crescer e, assim, uma falha tomará conta da área no couro cabeludo.
38 – Nós trocamos os fios de cabelo de tempos em tempos. Esse processo acontece a cada 2 ou 3 anos. A gente não percebe porque, conforme os fios caem, outros nascem no lugar.
39 –A recente prática de coloração com ouro nos salões internacionais promete esconder os fios brancos de maneira menos agressiva que a tinta. Cientistas descobriram que especificamente as nanopartículas de ouro mudam a cor dos fios e consomem uma quantidade muito menor do caro “corante” dourado. Infelizmente, a vantagem só funciona em cabelos castanhos ou pretos.
40 – É a genética, herdada dos nossos pais, que define se o cabelo será liso ou enrolado – a alteração no formato é consequência da maneira que o fio sai do bulbo capilar, onde a textura do cabelo é definida. Os fios lisos, quando cortados ao meio, são bem redondinhos. Já os enrolados ou crespos possuem formato oval.
Espero que tenha gostado e se divertido com as curiosidades sobre os cabelos!
Veja também “POR QUE DEVEMOS HIDRATAR AS MÃOS?”.
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Comments
Muito boa as dicas 🙂