Problemas de pele, em geral, afetam muito a qualidade de vida das pessoas. E o melasma não foge à regra. Essas manchas amarronzadas que surgem na pele incomodam muita gente. Portanto, continue lendo esse artigo e saiba tudo sobre elas – das causas aos melhores tratamentos. Confira!
A formação de áreas escurecidas no rosto, características do melasma, exerce impacto negativo sobre a autoestima e a qualidade de vida dos portadores do transtorno. Afinal, imagine conviver com manchas escuras e irregulares no rosto, em regiões como testa, bochecha, queixo e nariz. E apesar de menos comum, as manchas também podem aparecer em outras áreas expostas ao sol, como colo, braçose até nas costas.
Mas você sabe o que é o melasma?
O QUE É MELASMA E QUEM É MAIS ACOMETIDO?
Melasma é uma hipermelanose adquirida, ou seja, é uma hiperpigmentação da pele, decorrente da deposição aumentada de melanina, proteína que garante a coloração da pele e evita os danos da radiação ultravioleta no DNA.
É crônica, de caráter predominantemente estético, sem nenhum outro problema de saúde associado, de etimologia não bem definida, caracterizada por manchas de coloração acastanhada, simétricas em áreas expostas da pele, tais como rosto, pescoço e braços.
Tomando como base a distribuição de melanina na mancha escurecida, o melasma pode ser classificado nos seguintes tipos:
Melasma, é uma condição comum, que afeta indivíduos de todas as raças e ambos os sexos, sendo mais observada em mulheres entre 25 e 40 anos, e que vivem em elevada concentração de radiação ultravioleta (UV) – somente 10% dos casos acontecem em homens.
Pessoas de pele morena e negra, além de asiáticos e latinos, têm maior predisposição a encarar esse desconforto, pois, por natureza, produzem mais melanina, uma vez que possuem melanócitos mais ativos.
CAUSAS
As causas do melasma ainda são desconhecidas, podendo estar ligadas a fatores genéticos, raciais, hormonais e ambientais, como a radiação ultravioleta.
É certo que a exposição aos raios ultravioleta estimula a atividade dos melanócitos (células especializadas na produção de melanina, pigmento que confere cor à pele), e a melanose (acúmulo de melanina nos tecidos). Sabe-se que, após uma única exposição solar, ocorre um aumento do tamanho de melanócitos. Em apenas cinco dias após a exposição solar, já se pode detectar o aumento de elastose solar. Exposições repetitivas elevam a quantidade de melanossomas, bem como a de melanócitos ativos, o que justifica a relação da exacerbação e/ou surgimento do melasma após a exposição solar. Prova disso é que, em geral, as lesões características do melasma poupam as áreas do corpo menos expostas ao sol.
Pesquisas já mostraram também, que as luzes artificiais de ambientes fechados e de dispositivos eletrônicos (raios X, microondas, infravermelho, raios gama, celulares, tablets, notbook, celular, TV, entre outros), emitem uma “luz invisível”, que pode ocasionar aumento na pigmentação característica do melasma e alterar as fibras de colágeno em pessoas geneticamente predispostas.
Fatores hormonais com gravidez e uso de anticoncepcionais orais também têm tido uma importante associação ao problema.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
A principal característica do melasma é o aparecimento de manchas escuras, planas e sem crostas, nas regiões do corpo expostas à radiação ultravioleta. De formato irregular, mas bem delimitado, em geral, essas manchas formam placas, que se distribuem simetricamente dos dois lados do rosto, entretanto essas manchas não coçam ou abrem feridas na região. A intensidade da coloração, mais clara ou mais escura, varia de acordo com a quantidade de melanina acumulada na pele.
Portanto, quando notar o surgimento de manchas, procure um dermatologista. Ele irá realizar um levantamento da história pessoal e familiar do transtorno, bem como verificar questões como frequência de exposição ao sol, o uso de contraceptivos orais, a reposição hormonal, a ocorrência de gravidez, além de realizar uma avaliação clínica das máculas escurecidas, das áreas envolvidas e a gravidade das lesões.
Para correto diagnóstico, é necessário utilizar a lâmpada de Wood, que é uma luz ultra-violeta muito absorvida pela melanina para identificar o local do pigmento. Ao exame pela lâmpada de Wood, a luz ultra-violeta é totalmente absorvida pela melanina superficial, tornando o melasma epidérmico mais evidente do que a olho nu, ajudando assim, a definir o tipo da lesão pigmentar e sua extensão.
Em raras situações, torna-se indispensável enviar para biopsia um pequeno fragmento da pele com excesso de melanina para diferenciar o melasma de outras afecções cutâneas.
MELASMA E GRAVIDEZ
Ao contrário do que se pensa, a gravidez não é responsável pelo surgimento das manchas. Mas pode aparecer ou piorar durante a gestação, caso em que é chamado de cloasma gravídico ou máscara da gravidez.
O que acontece na verdade, é que as alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez estimulam a hiperpigmentação da pele, favorecendo a liberação de melanina e o desenvolvimento de melasma na pele do rosto. Assim, algumas áreas, como a linha do meio da barriga e as axilas, costumam ficar mais escuras. Além disso, os sinais e manchas na pele que a mulher já possui tendem a aumentar.
A tendência é a hiperpigmenação desaparecer, aos poucos, depois do parto. Mas, é possível cuidar dos melasmas com os dermocosméticos corretos. Durante a gravidez, principalmente, é preciso ter atenção aos ativos dos produtos, já que alguns são contraindicados para gestantes, como a cânfora.
Além de tratar as manchas, também é importantíssimo preveni-las no período da gestação, já que o corpo está predisposto à formação delas. O ideal é usar o filtro solar diariamente e começar a utilizar dermocosméticos com Vitamina C em sua composição, após o início do terceiro trimestre. Essa substância potencializa os efeitos de proteção solar e ainda auxilia no clareamento de manchas. Alguns peelings e outros tratamentos também podem ser realizados durante a gravidez, por isso consulte seu dermatologista!
PREVENÇÃO
É possível prevenir o aparecimento de melasmas com alguns passos, para que não ocorra o aparecimento e reincidências das lesões.
Use filtro solar sempre, com FPS igual ou superior a 30 e índice de PPD equivalente a pelo menos um terço do valor do FPS (UVA+ ou UVA++). O produto deve ser reaplicado a cada duas horas, se a pessoa permanecer ao ar livre e sempre que molhar a pele ou suar muito.
Uma boa opção também é o protetor solar com cor, além de proteger contra os raios UVA e UVB e uniformizar o tom da pele, também funciona como barreira para a luz visível, vinda das lâmpadas e aparelhos eletrônicos.
Além disso, evite exposição excessiva ao sol, ao calor e resfrie a pele sempre que puder, utilizando uma água termal. Ainda, aposte em produtos antioxidantes, que previnem os danos causados pelos radicais livres na pele, e, sempre que puder, use chapéus, que também bloqueiam parte dos raios solares, funcionando como proteção física.
Lembre-se: No inverno, a incidência dos raios é menor, mas ainda assim estamos expostos à radiação. E não só do sol, como também das luzes artificiais. Então, já sabe: na época mais fria do ano, nada de colocar o filtro no fundo da gaveta.
TRATAMENTO
Além da aplicação sistemática do protetor solar de amplo espectro, o tratamento do melasma inclui o uso tópico de agentes que promovem o clareamento gradual das manchas causadas pela produção excessiva de melanina.
O mais utilizado é a hidroquinona combinado com tretinoína + fluocinolona acetonida, sob a forma de creme, que quando aplicado na pele bem hidratada do rosto, costuma ser benéfica para atenuar a hiperpigmentação cutânea.
Também pode ser usado clareadores com ácido kógico, arbutin, vitamica C, ácido glicólico, entre outros. Contudo, a pele precisa de hidratação constante, pois, caso contrário, pode descamar, avermelhar e piorar o melasma.
O laser padrão ouro também pode ser usado para o tratamento do melasma, pois libera energia baixa e tem pulso muito rápido, e dessa forma, não provoca queimaduras ou irritação. São necessárias de 10 a 15 sessões para conseguir a melhora desejada. O tratamento deve ser feito entre os meses de abril e outubro, para evitar o excesso de sol.
O microagulhamento e a microinfusão de medicamentos também são interessantes para tratar o melasma e podem ser feitos em combinação com o laser.
Peelings químicos superficiais, que promovem a esfoliação cutânea, também são úteis para acelerar o processo de remoção da melanina depositada nas camadas superiores da pele e para facilitar a penetração dos medicamentos tópicos, especialmente nos casos do melasma epidérmico.
Os tratamentos com agentes clareadores, peeling ou laser podem desencadear efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, devem ser acompanhados de perto pelo médico dermatologista que prescreveu a medicação.
Além disso, as vitaminas C e E tópicas também são ótimas opções, por serem poderosos antioxidantes e potencializarem o efeito do protetor solar. Esses ativos não só clareiam e diminuem as manchas na pele, mas também previnem o surgimento de novas marcas.
Entretanto, embora os tratamentos sejam eficazes no manejo das manchas, infelizmente não dá para falar em resolução definitiva do quadro. Mas saber que é possível controlar o melasma já é um grande alento. É totalmente possível levar uma vida sem essa perturbação constante.
Veja também “BELEZA SEM REGRAS”.
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Comments
Muito bom seu site / Blog. Vou continuar seguindo e compartilhando os conteúdos e essas dicas aqui. Obrigado por compartilhar essa informação, está me ajudando muito.
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Olá td bem? Amei seu post,seu conteúdo esta muito bom. Vou acompanhar o blog ,Sucesso 🙂
Author
Obrigada!! 🙂